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domingo, 22 de novembro de 2020

Andréa Schaeffer, sobre o mês da Consciência Negra

Meu nome é Andréa, sou branca. Moro no Brasil, país em que mais da metade é negra. Meu país foi o que por mais tempo manteve a escravidão, o que faz de nós um país de mestiços. Difícil imaginar racismo assim?

Pois meu país é racista e o meu Estado, RS,  é o mais racista desse país. Por isso, precisamos de uma data especial, porque vivemos um racismo estrutural implantado em nosso código de DNA. Acredito que nós brancos temos uma responsabilidade ancestral com essa barbárie, que é a violência por causa da cor. Não basta não ser racista, a urgência é ser antirracista, partir para a ação, não admitir qualquer tipo de discriminação, não permitir nenhuma violência, mesmo a menor que seja. Significa tomar para si a luta por liberdade de nossos irmãos negros. Romper amizades, romper com familiares, se posicionar. Ser antirracista significa um permanente estado de alerta. Conhecer a história da África, estudar a história da escravidão no Brasil sob a ótica de escritores negros.

Não estou pronta vivo em um processo de construção, desconstrução, reconstrução, atenta a tudo que meus irmãos negros falam e fazem. A luta é negra, mas eu branca quero estar a serviço dessa luta, chamando os brancos para assumirem suas responsabilidades históricas.

"Consciência negra é poder dizer a vocês brancos, que meu povo tem o dom de transformar carência em potência e assim mudar a nossa e a sua história."      Manuel Soares, jornalista negro gaúcho

RACISTAS NÃO PASSARÃO!


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  Francis  Beidi   est le promoteur du Salon International de l'écrivain depuis de nombreuses années et le président fondateur d'ALI...