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Projeto Entrelinhas recebe a escritora Delma Gonçalves Mattos, em Porto Alegre, no Ponto de Cultura Africanamente.




Delma Gonçalves, de Porto Alegre, bairro Santana, poetisa, compositora, escritora e Ativista Cultural da (InBrasCI-RS) Instituto Brasileiro das Culturas Internacionais – RS. Graduada em Letras (Português) e Pós-Graduação (Produção Textual). Suas poesias estão em coletâneas a partir do ano de 1994. Parceira musical de Bedeu, o Papa do Swing do Sul, desde a década de 70, possui músicas gravadas por artistas porto alegrenses. Iniciou sua trajetória como ativista cultural no projeto Tributo ao Bedeu a partir de 2002. Autora do livro (Cinco Décadas de Samba no Bairro Santana) Ed. Cidadela. Fez parte com poetas porto-alegrenses do “Bando Hoburaco” (Escrita criativa, literatura e poesia). Integrante ativa e colaboradora do Sarau Sopapo Poético, o Ponto Negro da Poesia com seus poemas afros no livro Pretessência.



Faz parte da diretoria representativa no RS da Associação Internacional Poetas Del Mundo. Em 2016 foi produtora executiva, junto com os produtores musicais: Carlos Alexandre Rodrigues e o maestro Marco Farias do CD duplo com 28 músicas que fez em parceria com Bedeu “Na poesia e na Canção Elas e Eles Cantam Bedeu & Delma”.  Atua como Acadêmica efetiva e 1ª secretária da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves POA/RS. 



Em Setembro deste ano participou da Bienal do Livro no Rio de Janeiro, pela editora Villardo com sua crônica “no livro “Negras Crônicas”(escurecendo os fatos) Participa como 1ª secretária na ASCOMGA Associação dos Sambistas Compositores Gaúchos. Integra o grupo de cantoras e compositoras “Mulheres do Samba Sul”. Este ano de 2019  lança seu livro de poesias, na 65º Feira do Livro de Porto Alegre com o título ”O Som das Letras”.


A ÚNICA NEGRA

Eu sou aquela única negra
A que faz parte de uma segregada instituição
Essa que se chama exclusão
A que todo dia assiste os critérios insanos
Dos que se dizem seres humanos
Mas desumanos
Tirando-nos as regalias da autonomia
De nos colocar em desigualdade como irmãos

Eu sou a única negra
Que tem na cor da pele
A marca da invisibilidade
A que muitas vezes você evita
Pra não mostrar quem eu sou na realidade

A negra que tem o aporte
De escolher seu lugar
Mas que na verdade
Sempre fui descartada de seu habitat natural

Sou a negra da vila
Aquela lá do quilombo
A do teatro a músicista
A cantora a poetisa
A professora a vereadora
A doutora a enfermeira
A famosa artista
A negra que vem das cercanias das cidades
Das longínquas periferias

Eu sou a única negra lembra?
Aquela da sala de aula
Que compartilhava contigo desde o primário os mesmos ideais
Mas que comparativos aos seus eram banais

Minha busca se evidencia na relevância de oportunidades
Da auto estima
A fazer valer minha identidade
Do ir e vir de meu próprio itinerário
A seguir o caminho de minha redenção

Eu sou a única negra
Que tem na luz de meu perfil
Carolinas de Jesus Marielis Ivone Laras
Sem serem estereotipadas
As que estampam na cara
A coragem que não se vê por aí
Em pessoas tão raras
A única negra que na singularidade
Traz o peso da irmandade
Com o estigma da ancestralidade
De sua emancipação

A única negra
Que vem com seu poder de ação
Do requinte mais sublime
De ser o orgulho negro
De toda uma geração
Aquela que traz no ventre
O futuro de.minha nação

E pra tua informação
Somos o orgulho negro
Da mais bela pretidão
A origem  genética
A nos multiplicar
O nascer de mais um filho
A fazer revolução.

Delma Gonçalves/Poetisa e Compositora


Contato: 051 999340990
delmacompositora@yahoo.com.br

delmaletras@gmail.com
delmacompositora.blogspot.com.br

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